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domingo, 31 de maio de 2015

O que é o comportamento de oposição e desafio?

 O que se entende por comportamento de oposição e desafio?

A PHDA, os Comportamento de oposição e desafio e a Família


Segundo Barkley (2005; 2008), é frequente encontrar nas crianças com PHDA outros desafios e dificuldades, sendo o comportamento de desafio e oposição o mais frequente e o principal responsável pela dificuldade da criança na regulação das emoções.

Neste contexto, é importante conhecer um pouco mais sobre este tipo de comportamento. O que se entende por comportamento de oposição e desafio?

Pode ser definido como um padrão persistente de comportamentos desafiadores e desobedientes que estão presentes nas relações sociais da criança, principalmente com figuras de autoridade de uma forma geral (como é o caso dos pais e professores), mas também com os pares.
 Os sintomas, que persistem pelo menos 6 meses e ultrapassam os limites daquilo que possa ser considerado como “mau comportamento”, podem incluir:

• perder frequentemente o controlo;
• frequentemente discutir com adultos;
• com frequência, desafiar ou recusar-se a cumprir ordens ou regras dos adultos;
• com frequência e deliberadamente incomodar os outros;
• culpar frequentemente os outros pelos seus erros ou mau comportamento;
• ser frequentemente muito sensível, ter pouca paciência e zangar-se facilmente com os outros;
• ficar frequentemente ressentido e zangado;
• ser frequentemente rancoroso ou vingativo;
• ter dificuldade em manter ou fazer amigos;
• ter problemas constantes na escola.



Este tipo de comportamentos pode influenciar de uma forma negativa a interação e o funcionamento social e escolar das crianças. É comum as crianças envolverem-se em discussões e conflitos, o que pode resultar na rejeição por parte dos colegas de escola e agravar a sua baixa autoestima.


Fonte: http://www.clubephda.pt/

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Estratégias para pais e professores de crianças com perturbação de hiperactividade e défice de atenção

Este é o resumo de algumas estratégias que o podem ajudar a lidar com o seu filho/aluno com sintomas de hiperactividade/hipoactividade, impulsividade e défice de atenção. Leia e aplique se lhe fizer sentido mas acima de tudo isto, não se esqueça que a distractibilidade tem uma origem emocional e que a criança precisa da sua ajuda e compreensão para integrar os seus “demónios” internos e poder aprender a adequar o seu comportamento.
O nosso comportamento é sempre o reflexo do nosso estado de alma.
As estrelas são o limite!
ESTRATÉGIAS PARA OS PAIS

  1.  Estabelecer prioridades
    Tendo em conta o acréscimo de problemas apresentados por uma criança com PHDA, muitas vezes os pais tentam resolver todos os problemas de uma vez só, o que geralmente é pouco eficaz e acaba por ser mais negativo do que positivo. O descontentamento crescente por parte dos pais acaba por provocar um aumento da frustração na criança e consequentemente problemas ao nível da sua auto-estima e auto-imagem.
  2. Pensar antes de agirO comportamento hiperactivo/impulsivo das crianças faz com que muitas vezes os pais reajam também de forma rápida e impulsiva sem pensar nas consequências dos seus actos. É importante que os pais não se esqueçam que eles são o modelo de identificação dos seus filhos e quanto mais calma e tranquilidade transmitirem no seu comportamento, mais expectável será obter isso dos seus filhos. Quanto mais pensar nas alternativas que tem para diminuir um determinado comportamento por parte do seu filho, mais hipóteses tem de que prevaleça em si o bom senso, necessário à situação. Por exemplo quando uma criança não consegue ficar quieta na mesa e está sempre a mexer em tudo à sua volta, provavelmente a atitude mais eficaz será reduzir ao mínimo os estímulos à volta da criança, para que esta se possa concentrar apenas nos que são necessários à tarefa que está a realizar.
  3. Usar o reforço positivo antes da puniçãoÉ sabido que crianças com PHDA precisam mais de reforço positivo que as outras crianças, para que os comportamentos esperados/desejados aconteçam. É importante que os pais se foquem mais em elogiar os filhos quando eles conseguem comportar-se da forma considerada correcta, do que em depreciar quando não o fazem. Isto não significa que os pais devam deixar em branco as asneiras e as faltas de comportamento dos seus filhos, mas sim, uma inversão na forma como o demonstram e verbalizam. Por exemplo em vez de verbalizarem à criança que ela não foi capaz, que se porta mal…. Verbalizar que com certeza ela vai ser capaz de fazer o que é expectável para a situação e elogiar sempre que consiga fazer.
  4. Ser perseverante nas estratégiasÉ fundamental para estas crianças que o ambiente seja previsível e constante, com uma rotina diária perfeitamente definida e estruturada. Ambos os pais devem estar de acordo relativamente à estratégia definida e todas as alterações na rotina diária devem ser previamente conversados com a criança.
  5. Antecipar os problemasAntecipar o comportamento dos filhos numa determinada situação, como por exemplo o horário de estudo, permite que os pais possam conversar/negociar com o filho, incentivando inclusive a sua participação na definição de estratégias a serem implementadas, com vista à adequação do comportamento.
  6. Frequência de uma actividade física regularA actividade física é fundamental para todas as crianças e mais ainda para crianças com esta perturbação. É uma forma de gastarem energia, relacionarem-se com os parceiros e trabalharem regras e limites.
  7. Horários de estudoO tempo de estudo deve ser curto e intercalado por períodos livres, dada a dificuldade que apresentam na atenção sustentada (manter a atenção por um período longo de tempo sobretudo se a actividade não for motivante para a criança em questão).
O ambiente de estudo deve ser o mais sossegado possível e com o mínimo de estímulos externos que possam desviar a atenção da criança, para que ela possa manter a sua atenção focalizada na tarefa que esta a realizar.

ESTRATÉGIAS PARA PROFESSORES

  1. Planeamento e organização das actividadesÉ importante que o professor mantenha o esquema de trabalho o mais constante e previsível possível. O ambiente deve ser favorável a que a criança estruture externamente o que não consegue estruturar internamente. Planeie previamente as actividade e previna a criança das transições ou mudanças no esquema de trabalho. Um mapa de actividades afixado na parede da sala de aula é uma boa estratégia e os professores podem começar o dia por fazer referência ao cronograma afixado, relembrando as tarefas/actividades do dia.
  2. Aumentar a atenção sustentadaPromova estratégias de ensino participativo, nomeadamente através de jogos e tente intercalar actividades mais desinteressantes com actividades mais interessantes para os alunos.
    Dividir as tarefas grandes em várias tarefas pequenas (incluindo testes) e intercalar com períodos livres e estabelecer estratégias de recompensas. Utilizar outros recursos de ensino que não somente a voz. A aprendizagem através de recursos visuais é facilitada e as cores ajudam a manter a atenção. Esquematizar os conteúdos da aula, não apenas no início da aula como ferramenta de apoio ao planeamento como durante a própria aula, o que ajuda a estruturar e integrar as aprendizagens. Estimule as crianças a lerem em voz alta, o que ajuda à manutenção da atenção.
  3. Focalizar a atençãoDada a dificuldade que estas crianças têm em focalizar a sua atenção numa única tarefa é importante que estejam sentadas junto do professor, longe de janelas, com o mínimo de estímulos externos, quer na própria carteira, quer na sala de aula e evitar os trabalhos em grupos grandes. Por vezes o próprio estojo em cima da carteira é motivo de distracção, reduza o material ao mínimo necessário.
  4. Reduzir o comportamento hiperactivo/impulsivoManter sempre o reforço positivo relativamente ao comportamento esperado, explicar o que espera que seja o comportamento da criança em cada situação e evitar estratégias punitivas que agravam a sua auto-estima. Qualquer estratégia punitiva que seja necessária, deverá ser imediata e devidamente explicada, para que a criança possa estabelecer a conexão causa-efeito.
Por Ana Galhardo Simões, Psicoterapeuta Corporal
para Up To Lisbon Kids®

Todos os direitos reservados
Com base no livro “Transtorno do défice de atenção hiperactividade”, Benczik E. e Rohde L., Edições Artemed, 1999


Fonte: http://uptolisbonkids.com/2015/04/23/estrategias-para-pais-e-professores-de-criancas-com-perturbacao-de-hiperactividade-e-defice-de-atencao/

segunda-feira, 23 de março de 2015

Hiperatividade está mal diagnosticada em Portugal

O médico especialista em desenvolvimento infantil João Gomes Pedro alertou esta segunda-feira que a hiperatividade está mal diagnosticada em Portugal, havendo muitas crianças que tomam medicação sem necessidade enquanto outras deviam tomar e não o fazem.


Quando completa 50 anos de carreira, o pediatra fala à Lusa das suas preocupações atuais e aponta como um dos grandes desafios da pediatria moderna os problemas comportamentais e relacionais das crianças e dos adolescentes.
"Hoje talvez estejamos na linha de fronteira de passar do modelo patológico para o modelo relacional e isto faz a diferença na pediatria, na educação, na psicologia, em toda e qualquer atividade formativa", afirma.
É o que se passa com a Hiperatividade e o Défice de Atenção (PHDA): "Estas doenças e expressões aparecem porque o pessoal de saúde está mais sensível, mais atento às perturbações de comportamento do que há uns anos atrás".
Gomes Pedro adverte, no entanto, que esse olhar, o começar a olhar para o comportamento, leva, como risco na intervenção dos profissionais, a considerarem quase matematicamente: «o menino está muito ativo, está hiperativo».
"A professora queixa-se de que está ativo, «é uma síndroma de Attention deficit hyperactivity disease», a professora diz «leve ao seu médico», e os médicos que não estejam ainda bem formados, bem alicerçados no que é o comportamento normal do que é um sinal de risco no comportamento, receitam o metilfenidato" (fármaco para tratamento da PHDA), acrescenta.
Isto comporta o "risco de se usar sistematicamente substâncias farmacológicas quando não há hiperatividade nenhuma", pois "a atividade que vemos, por exemplo, num gabinete, é própria de uma criança com três, quatro ou cinco anos, que gosta de explorar e que, mais do que normal, é desejável", sublinha.
Segundo o pediatra, "é muito frequente os pais chegarem com uma criança com três anos e a dizer "ela deve ter hiperatividade e precisa de ser tratada".
O que acontece é que as pessoas estão mais despertas, o que comporta outros riscos: a hiperatividade e o défice de atenção hoje está, por um lado, sobrediagnosticado, e por outro, mal diagnosticado, o que significa que há crianças que tomam o metilfenidato sem precisarem e outras que precisariam e não o tomam.
"Há crianças hiperdiagnosticadas e outras crianças hipodiagnosticadas", sublinhou, acrescentando que "a moral da história" é que é preciso garantir que não se deixa de diagnosticar uma hiperatividade e défice de atenção, que é facilmente corrigida farmacologicamente, mas que também não se começa a usar drogas quando não é necessário.
Não é que a medicação tenha muitos riscos, salienta, mas "um princípio fundamental na medicina é tratar quando é preciso e hoje a implicação de tratar não é só medicamentosa, mas é o acompanhar".
A grande questão é que não existem ainda meios para garantir um diagnóstico exato da PHDA.
"Não há propriamente um meio tão concreto como fazer uma análise para ver se há uma infeção, uma apendicite. A gente vê que há uma alteração dos glóbulos brancos, que mesmo que não se palpe conveniente uma barriga para fazer o diagnóstico, há uma análise concreta que nos diz «há infeção nesta criança»".
No domínio do comportamento, no chamado modelo relacional, isso não é tão fácil, pois embora haja testes, como o Connors e outros, que dão pistas para que se possa estar perante uma PHDA, é preciso que o pediatra -- "deve ser ele a tomar conta destas crianças - tenha experiencia e tenha competência para distinguir entre essa perturbação e uma atividade normal".
"É que é 'hiperativa' toda a criança pequena, nomeadamente a criança que entra para o jardim-de-infância", e é preciso ter isso bem presente e "não hiperdiagnosticar síndromas de défice de atenção que obrigam imediatamente a medicar".


Ler artigo completo ...


Fonte: JN

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Programa de apoio gratuito para crianças hiperativas

Agradeço à colega Maria Mendes o envio de informação sobre o programa de apoio gratuito para crianças hiperativas, que partilho no blogue.
Em Lisboa, a Unidade de Neurodesenvolvimento do Hospital CUF Descobertas acaba de lançar um programa integrado de apoio a crianças hiperativas ou com dificuldades de atenção, gratuito e inédito no país. 
O programa encontra-se disponível em português, através do site www.clubephda.pt, e destina-se a pais, professores, educadores e crianças, fornecendo vários tipos de informações sobre a natureza das doenças, diagnósticos, tratamentos, conselhos e a possibilidade de obter respostas da parte de médicos especialistas.
 Paralelamente, o novo programa oferece ações de formação, com base em casos verídicos, para pais, professores e assistentes operacionais. A primeira acção está marcada para dia 23 de Novembro, no Hospital CUF Descobertas, e as inscrições, gratuitas, podem ser feitas através do e-mail: formacao@clubephda.pt.

Em comunicado enviado ao Boas Notícias, Ana Serrão Neto, Coordenadora do Clube PHDA, refere que "a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção afeta cerca de 5 a 10% das crianças em idade escolar e representa uma série de desafios para os pais, professores e assistentes operacionais".
Com este novo projeto, "pretendemos apoiar e promover o desenvolvimento saudável e uma integração bem sucedida dessas crianças na família, na escola e na sociedade, sendo que a nossa missão é disponibilizar informação cientificamente credível, recursos úteis e oportunidades de formação para os vários intervenientes".

Fonte: http://boasnoticias.sapo.pt/noticias_Programa-de-apoio-gratuito-para-crian%C3%A7as-hiperativas-_17191.html?page=0

 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Teste de hiperatividade com défice de atenção para adultos: um exemplo

Este questionário não substitui um diagnóstico realizado por um profissional, pode apenas ser considerado como um pré-diagnóstico. Este pretende ajudar a reconhecer os sinais e sintomas de SHDA nos adultos (idade igual ou superior a 18 anos).

O teste tem 18 perguntas e 5 possibilidades de resposta: nunca, raramente, algumas vezes, frequentemente e quase sempre. Se responder unicamente frequentemente e quase sempre, poderá estar perante um quadro de défice de atenção e hiperatividade. Para um correto diagnóstico recorra a profissionais.


Instruções: Este teste/avaliação é recomendado para adultos de ambos os sexos. Todas as questões devem ser respondidas baseadas no seu comportamento ou ações dos últimos 6 meses. Marque o item que melhor o descreve em cada questão, certificando-se de que todas as questões são respondidas.


1: Com que frequência comete erros por falta de atenção quando tem de trabalhar num projeto aborrecido ou difícil?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
2: Com que frequência tem dificuldade para manter a atenção quando está a fazer um trabalho aborrecido ou repetitivo?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
3: Com que frequência tem dificuldade para se concentrar no que as pessoas dizem, mesmo quando elas falam diretamente para si?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
4: Com que frequência deixa um projeto pela metade depois de já ter feito as partes mais complicadas?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
5: Com que frequência tem dificuldade para fazer um trabalho que exige organização?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
6: Com que frequência evita ou adia o início de algo que exige muita concentração?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
7: Com que frequência coloca as coisas fora do lugar ou tem de dificuldade de encontrar as coisas em casa ou no trabalho?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
8: Com que frequência se distrai com atividades ou barulho ao seu redor?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
9: Com que frequência tem dificuldade em lembrar-se de compromissos ou obrigações?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
10: Com que frequência é que se mexe na cadeira ou balança as mãos ou os pés quando precisa ficar sentado(a) por muito tempo?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
11: Com que frequência é que se levanta da cadeira em reuniões ou em outras situações onde deveria ficar sentado(a)?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
12: Com que frequência se sente inquieto(a) ou agitado(a)?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
13: Com que frequência tem dificuldade para sossegar e relaxar quando tem tempo?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
14: Com que frequência se sente ativo(a) demais e tem necessidade de fazer coisas, como se estivesse “com um motor ligado”?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
15: Com que frequência fala demais em situações sociais?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
16: Com que frequência, no meio de uma conversa, termina as frases das outras pessoas antes delas?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
17: Com que frequência tem dificuldade para esperar nas situações onde cada um tem a sua vez?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre
18: Com que frequência interrompe os outros quando eles estão ocupados?
Nunca Raramente Algumas Vezes Frequentemente Quase sempre




Fonte: Educamais.com

terça-feira, 31 de julho de 2012

Diagnóstico da Hiperatividade com Défice de Atenção: como é feita a avaliação e diagnóstico diferencial dos sintomas e comorbidades


TDAH – Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade (Brasil) ou Transtorno de Défice de Atenção e Hiperactividade / Perturbação de  Hiperactividade e Défice de Atenção (Portugal)
O diagnóstico do TDAH (DDA) - Déficit de Atenção exige bastante cuidado e experiência. Trata-se de um diagnóstico complexo, que deve levar em conta não apenas uma lista de sintomas, mas uma análise extensa do caso. Isto ocorre pois há uma série de outros problemas que produzem os mesmos sintomas comuns do TDAH - distração, hiperatividade, impulsividade, agitação mental, baixa auto-estima, desorganização, problemas de relacionamento e baixo desempenho profissional. Além disto, outros transtornos também são comuns em comorbidades - quando mais de um problema ocorre simultaneamente.

Parte superior do Os critérios para diagnóstico de TDAH incluem:
Presença de sintomas em intensidade significativa (ou seja, que tenham causado danos importantes para a pessoa)

Os sintomas devem ter aparecido desde a infância, considerando a expressão apropriada para crianças

Os sintomas não são explicados por algum outro transtorno ou problema (como ansiedade, depressão, stress crônico, baixa escolaridade, etc).


Clique aqui para fazer o teste (idade escolar). Não se esqueça que o diagnóstico da hiperatividade com défice de atenção é bastante mais complexo que isto e só pode ser efectuado por profissionais qualificados.

Este teste é apenas um ponto de partida para o/a ajudar a perceber o que se passa com o seu filho.  Se desconfiarda existência deste transtorno é importante que procure ajuda especializada (um psicólogo clínico).


Transtorno de Défice de Atenção e Hiperactividade
O seu filho pode ter um Transtorno de Défice de Atenção e Hiperactividade ? Faça o teste�

(Questão 1 de 15)
Questão: O tom de voz é sempre muito alto?
Fonte: IPDA e sapofamília

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Geração ritalina

"A prescrição de medicamentos para tratamento da Perturbação da Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA) aumentou, em todo o mundo, 274%, entre 1993 e 2003. O número de países que começaram a recorrer a este tipo de drogas subiu de 31 para 55. Os dados foram publicados no jornal americano Health Affairs. Uma em cada 25 crianças e adolescentes norte-americanos estão a ser medicamentado para PHDA.
Calcula-se que em Portugal entre seis e oito mil crianças e adolescentes estejam a tomar este tipo de medicação (números de 2006, com base nas vendas). Em 2004, estimava-se que três mil crianças tomassem medicamentos para PHDA, enquanto que em 2003 eram apenas 400."
Revista Pais & Filhos. Edição de maio de 2007. Pág. 102
Metilfenidato é o nome químico de ritalina e concerta, psicoestimulantes usados no tratamento da Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA). O grande aumento no consumo destas substâncias verificou-se em 2004, quando a venda destes medicamentos deixou de pertencer ao domínio das farmácias de certos hospitais e passou a fazer-se em qualquer farmácia. Antes de explorar melhor o significado deste crescimento estrondoso na prescrição de ritalina, parece-me fundamental explorar melhor o que é que diferencia o cérebro de uma criança hiperativa do das outras ditas não hiperativas. A PHDA, segundo estudos realizados, é uma perturbação do desenvolvimento infantil com base neurobiológica, na medida em que os lobos frontais, que são responsáveis por funções executivas, tais como a atenção, a capacidade de antecipar consequências e organizar tarefas, apresentam certas alterações. Estas alterações estão associadas ao facto de a dopamina, que é um neurotransmissor, apresentar níveis inferiores aos normais, o que dificulta a comunicação entre as células. Ao prescrever o metilfenidato, pretende-se aumentar os níveis de dopamina e, consequentemente, melhorar o grau de funcionalidade dos lobos frontais. Esta melhoria, segundo o folheto informativo do concerta, traduz-se pelo aumento da atenção e pela diminuição da impulsividade e da hiperatividade, em doentes com Perturbação de Hiperatividade e Deficiência de Atenção.

A grande questão que se coloca é se existem atualmente mais crianças com PHDA do que antigamente. Sendo esta uma perturbação com uma componente biológica, a sua incidência é, com certeza, a mesma que no passado (cerca de 3% a 5%); o que aumentou foi a capacidade de diagnóstico desta patologia. A quantidade de informação que tem sido divulgada sobre esta problemática é verdadeiramente astronómica, o que conduz a um maior conhecimento e uma maior atenção e sensibilidade por parte das pessoas em geral e dos técnicos em particular para a sua identificação. Note-se, no entanto, que o excesso de informação pode também ter um efeito perverso, pois pode gerar confusão e, consequentemente, falsos diagnósticos de PHDA, pois em cada esquina parece existir um "especialista" nesta área. Só é possível efetuar um diagnóstico preciso quando vários sintomas persistirem por mais de seis meses, em diferentes contextos: familiar, escolar e extraescolar. Para evitar diagnósticos precipitados é, por vezes, necessário que a criança seja avaliada por uma equipa pluridisciplinar, constituída por pediatra, psiquiatra, psicólogo e técnico do ensino especial. A informação fornecida pelos pais e pelos professores, mediante o preenchimento de um questionário relacionado com o comportamento da criança, é também fundamental para a realização de um diagnóstico correto.

Para além do que já foi exposto, existem muitas outras questões às quais é importante dar resposta, tais como: A existência de um fenómeno de "sobrediagnóstico" relativamente à PHDA é uma hipótese a desprezar? Haverá uma procura excessiva e um uso abusivo de metilfenidato? Haverão efeitos secundários a curto e a longo prazo em resultado da ingestão de ritalina? A ação do metilfenidato leva à cura da hiperatividade?

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Hiperatividade: que podem fazer os pais?

Tal como todas as outras, estas crianças precisam de regras, que devem ser simples, claras e curtas.
 Uma criança hiperativa não é uma criança com temperamento difícil ou com um comportamento mais irrequieto, mas sim um ser humano que apresenta uma constelação de problemas relacionados com falta de atenção, hiperatividade e impulsividade, manifestando-se estes em diferentes contextos e de uma forma prolongada no tempo.
A intervenção junto destas crianças deve implicar a colaboração estreita entre pais, professores, pediatra, médico de família, psicólogo e, eventualmente, neurologista. A criança deverá também ser uma participante ativa no seu tratamento, devendo ser informada de todo o processo que a envolve.

Os pais têm efetivamente um papel muito importante em todo o processo de tratamento, pois crianças com esta perturbação exigem a modificação do funcionamento familiar, de forma a poder responder às suas necessidades de acompanhamento, que são muito particulares. Tal como todas as outras, estas crianças precisam de regras, que devem ser simples, claras e curtas. Além do estabelecimento de regras, deve ser explicitado, de forma muito clara, o que acontecerá como consequência do seu cumprimento ou transgressão. A transgressão deve ser acompanhada de uma penalização, que deverá ser justa, rápida e consistente. A recompensa é também muito importante e deverá ser atribuída regularmente por qualquer comportamento que seja ajustado. Não nos podemos esquecer de que estas crianças são alvo de muitas críticas negativas e, por isso, é fundamental serem elogiadas pelas pequenas coisas que, ao longo do seu dia a dia, façam corretamente. Mesmo que a criança seja apenas parcialmente eficaz, isso deve ser reconhecido com apoio e elogios.

A existência de rotinas estruturadas facilita também o melhor desempenho da criança. Por esta razão, os pais deverão fazer um registo escrito, ao qual a criança tenha acesso, com as horas para acordar, comer, brincar, fazer os trabalhos de casa e todas as outras tarefas que ela terá necessariamente de realizar. A modificação da rotina deverá ser comunicada à criança com antecedência, de forma que esta se possa adaptar.

Um aspeto que é importante sublinhar é que estas crianças necessitam de uma maior vigilância relativamente às outras, uma vez que, devido à sua impulsividade, se colocam muitas vezes em situações de risco. A criança deve, por isso, ser vigiada por adultos durante todo o dia e os pais deverão certificar-se de que tal acontece.

Para mais informações sobre esta temática existem sites na Internet onde é possível obter, para além de mais dados, ajuda e, eventualmente, entrar em contacto com pais que estejam a viver situações familiares semelhantes. Um desses sites é:
ddah.planetaclix.pt.